segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O que eu sou com você, e o que eu sou sem você

Eu sei que não sou o cara mais legal do mundo. Em uma lista de 1000 pessoas que você salvaria do fuzilamento, entrariam cães, plantas e até bichos de pelúcia na minha frente. E se sobrasse vaga, até as baratas do banheiro da sua casa entrariam antes de mim. Eu só ia me salvar se você não arrumasse ninguém pra fazer massagem nos seus pés (você adora quando pego em seus pés né? rsrs). Mas eu admito isso. Não seria injusto da sua parte. Se você escolhesse seus amigos pela honestidade, caráter e simpatia, você não me dava nem bom dia. Eu sou o tipo de cara que já escreveu o próprio epitáfio por que no meu enterro não vai ter ninguém falando que eu era bom e não fazia mal a ninguém.
Até nas minhas qualidades eu sou uma má pessoa: eu sou carinhoso, mas grudento; romântico, mas piegas; auto-confiante, mas megalomaníaco; independente, mas egoísta; sincero, mas grosso; direto, mas rude; dedicado, mas impaciente; bem humorado, mas desbocado; simpático, mas cínico; inteligente, mas idiota; calmo, mas rancoroso; apaixonado, mas chato; liberal, mas antiquado; duro, mas sensível. Companheiro, mas ciumento. Enfim, até minhas qualidades, em mim, são defeitos.
Eu sei disso. Eu assumo. E sei que muito disso, ou tudo isso, deve te desagradar. Sei que às vezes, você não fala pra não me magoar, e atura algumas coisas. Poucas vezes você fala, quando já beira o insuportável. Sei que conviver comigo é tarefa das mais difíceis, namorar então, é feito pra ganhar Oscar com menção honrosa no Nobel da Paz e virar nome de Praça em Paris por que não até em Cesario Lange rsrs. Sei que muita gente deve te achar maluco de me namorar, e não sabem o que você viu em mim, apesar de eu também não saber. Sei que muita gente que você gosta não gosta de mim, e eu também não vou com a cara de muita gente que você gosta (argh).
Não falei nenhuma novidade aqui. Tudo isso eu já sabia, e você também. Mas tem uma coisa que ambos já sabemos também, mas que muita gente não sabe, e que eu acho que faz a diferença. Eu sou chato, ciumento, grosso, mal educado, rancoroso, desbocado, rude, impaciente, grudento e piegas, mas eu te amo como nunca amei ninguém, e como ninguém nunca vai te amar. Eu amo tudo em você, amo fazer tudo com você. Até lugares lotados de gente pulando ficam menos insuportáveis com você. Até televisão fica muito menos chata quando eu to vendo com você. E até eu fico uma pessoa muito melhor quando estou com você. E estou ficando cada vez mais. E eu não te amo só pelo que você é. Eu te amo pelo que sou quando estou com você. Por isso, eu queria muito que nós déssemos certo. Eu vou tentar até não dar mais. E por isso, apesar de tudo o que eu listei ali em cima, gostaria que você também tentasse muito, por que você me faz muito feliz, e me faz muito melhor. Ou menos pior. Eu sou tudo aquilo. Mas te amo. E por te amar, quero deixar de ser tudo isso que eu falei antes. Mas não por você. Por mim. Mas pelo “eu” que eu sou com você.

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